Na celebração marcante do quinquagésimo aniversário do 25 de Abril, dois grandes exemplos da cultura local uniram-se para proporcionar um excelente espetáculo à comunidade de Sarilhos Grandes e arredores. A Banda Filarmónica da Academia Musical União e Trabalho, dirigida pelo Maestro Joaquim Silva, e o Grupo Coral do Montijo, dirigido pelo Maestro José Balegas, convergiram os seus talentos para um concerto especial, numa tarde de reverência à liberdade e à História do nosso país.
Como habitualmente, o evento organizado pela AMUT iniciou-se com uma pequena arruada ao som da marcha “A Life On The Ocean Wave”, de Henry Russel, que ficou conhecida como a Marcha do MFA. Já no salão da AMUT, o Grupo Coral do Montijo abriu o espetáculo com a sua atuação a solo. Depois de se escutar José Carlos Ary dos Santos a declamar “Poeta Castrado, Não”, a Banda Filarmónica da AMUT iniciou a sua atuação com a Canção Heróica de Fernando Lopes Graça, “Acordai”, sendo acompanhada pelo Grupo Coral do Montijo que, mais adiante, acompanhou a Banda também em “A Formiga no Carreiro”. Continuando a homenagem a José Afonso, cantor de intervenção de importância irrefutável, a Banda Filarmónica da AMUT, acompanhada pela voz de Diogo Gomes, interpretou também “Os Vampiros” e “Recordar ZecAfonso”. Antes de terminar o espetáculo com “Grândola, Vila Morena”, interpretada pela Banda da AMUT em conjunto com o Grupo Coral do Montijo e acompanhados pelo público presente, Diogo Gomes interpretou ainda “Tourada” de Ary dos Santos e Fernando Tordo.
Este espetáculo visou não apenas homenagear as conquistas e os valores que o 25 de Abril simboliza, mas também fortalecer os laços comunitários através da música. Assim, este encontro entre a Banda Filarmónica da AMUT e o Grupo Coral do Montijo foi mais do que uma simples apresentação musical; foi um tributo vivo à coragem e à determinação do povo português, e uma celebração da arte como veículo de união e transformação social.
O evento contou com grande adesão por parte da comunidade, convidada a participar deste momento histórico, onde a música se tornou a voz da memória e da esperança, recordando os feitos do passado e inspirando o futuro.